Entrevista Com a escritora Martha Argel!

                           Entrevista Com a escritora Martha Argel! 




         
Ola gente, para abrir a seção de entrevista, conseguiu uma com a autora Martha Argel, que tem vários livros lançados, que entre eles está um, que muito de vocês conhecem Relações de sangue.











  
Primeiramente antes de tudo, eu gostaria de lhe agradecer por estar aceitando fazer esta entrevista.


1. Quem é Martha Argel?
Nasci em São Paulo, sou bióloga, tradutora e escritora de livros de ficção e não ficção. Tenho 14 livros publicados, e contos meus foram incluídos em várias antologias, publicações e sites de literatura. Divido meu tempo entre São Paulo e Rio de Janeiro, adoro cachorros, observo aves e tento ser vegetariana.

2. Você sempre quis ser escritora?
Embora eu escreva desde criança, sempre quis ser zoóloga e estudar os animais, e foi exatamente o que fiz. Formei-me em biologia pela USP, fiz mestrado e doutorado em comportamento animal pela Unicamp e trabalhei mais de vinte anos como consultora em meio ambiente. A literatura foi ganhando espaço lentamente em minha vida. Embora eu tenha deixado de lado a vida acadêmica e a consultoria ambiental, até hoje a atividade de escritora de ficção coexiste com a participação em projetos de divulgação científica.

3. Quanto tempo em media você leva para escrever um livro?
Não existe um padrão. Em geral trabalho em vários projetos ao mesmo tempo, de modo que um livro pode levar até anos para ficar pronto, principalmente os que não são de ficção e dependem de pesquisa e consulta bibliográfica. A primeira versão de meu romance Relações de Sangue levou seis meses para ficar pronta e a de O Vampiro da Mata Atlântica pouco mais de três meses. Em compensação, Amores Perigosos demorou cinco anos, e a antologia O Vampiro Antes de Drácula, que organizei junto com meu marido Humberto Moura Neto, exigiu cerca de três anos, entre pesquisa, seleção e tradução.

4. Eu percebi que você tem livros com diversos temas abordados, como magia a literatura vampiresca; Isso vem de alguma Inspiração ou flui naturalmente? Se for uma inspiração vem de onde?
Na verdade, a inspiração pode vir a qualquer momento e em qualquer lugar. Sou muito observadora, e geralmente uso detalhes  do dia a dia ou pequenos eventos sem importância como ponto de partida para narrativas em que o fantástico e o inesperado subvertem toda noção de “normalidade”.
No caso dos vampiros, escrevo sobre o tema porque gosto mesmo. Criei minhas personagens principais, a vampira Lucila e a humana Clara, em 1999, e imaginei toda uma história para elas, que aos poucos estou escrevendo, até hoje.
Mas mesmo antes de escrever sobre vampiros eu já escrevia literatura fantástica. Escrevi inúmeros contos de ficção científica, fantasia e horror, que publiquei sobretudo em meus primeiros livros (Contos improváveis e Olhos de gato), hoje esgotados. Tenho planos de escrever sobre temas fantásticos não-vampíricos, sobretudo histórias de fantasia passadas em lugares que conheci durante minhas viagens, como a Amazônia, a Patagônia e a Terra do Fogo. Passá-las para o papel só depende de encontrar uma brecha em minha agenda quase sempre lotada de outros projetos.

6. Você classificaria seus livros para todas as idades, ou uma apropriada?
Tenho livros voltados para o público infantil, mas são obras de não ficção, como Voando pelo Brasil, sobre aves de nosso país, e a adaptação brasileira do Ecoguia, da fundação francesa Nicolas Hulot, sobre meio ambiente.
Entre os livros de ficção, o romance O Vampiro da Mata Atlântica foi pensado para um público jovem adulto. A maioria de meus livros ficcionais, porém foi escrita para o leitor adulto, e tem temáticas e abordagens mais maduras. Fiquei surpresa quando descobri que adolescentes de 14, 15 anos curtiram a leitura de Relações de Sangue, por exemplo. Mas eu não recomendaria meus livros ficcionais para pessoas mais jovens, de 12 anos ou menos. Mas está em meus planos escrever literatura fantástica para pré-adolescentes.

 7. Ouvir dizer que você esta trabalhando num livro no momento, é verdade? Se sim, poderia falar um pouco sobre ele?
Entre os inúmeros livros em que estou trabalhando, está o terceiro livro da vampira Lucila; Relações de Sangue é o primeiro, e o segundo é Amores Perigosos, que espero que seja publicado em breve. Este terceiro livro, ainda sem nome, será o último da série, e por enquanto não posso falar nada sobre ele.

8. No Brasil, não é fácil lançar um livro, você também sofreu este problema?
Na verdade, não é difícil publicar um livro no Brasil, desde que você se disponha a pagar. Existem editoras que publicam livros “sob demanda”, a partir de tiragens reduzidas de 10 ou 20 livros, com preços bastante acessíveis. Há muita gente publicando assim, e eu mesma paguei pela publicação de meus primeiros livros, coisa de que não me arrependo, em absoluto, pois isso ajudou a promover meu nome e a demonstrar a qualidade de meu trabalho.
O que é difícil é publicar em editoras comerciais, com tiragens razoavelmente grandes e com boa distribuição em livrarias. E mais difícil ainda é você ter alguma repercussão com sua obra.
Não considero que tenha tido dificuldade para publicar meus livros. Alguns deles demoraram para sair, mas como nunca tive muita pressa, essa demora nunca me preocupou. Hoje em dia, já sou razoavelmente conhecida no mercado editorial, e vários dos livros em que estou trabalhando foram “encomendados” por editores e pelas próprias editoras.

9. Você poderia deixar algum recado para quem tem vontade de escrever um livro hoje em dia?
O aspirante a escritor deve ler muito, mas muito mesmo. Best-sellers não bastam, é necessário ler clássicos da literatura brasileira e mundial, e obras de não ficção. Também é fundamental adquirir uma cultura geral, e ainda, cultivar um bom português, aprender gramática e ampliar o vocabulário. Fazer cursos e oficinas de escrita criativa pode ser uma opção excelente. Acima de tudo, o escritor estreante deve ter humildade e senso crítico: ele não pode achar que seus primeiros textos serão revolucionários e geniais. Podem até ser, mas em geral é necessário praticar muito e elaborar muito o texto até encontrar um estilo próprio. E ele não deve copiar modinhas, ou será apenas mais um entre milhares. Quando já estiver escrevendo, é importante conseguir bons leitores-beta que possam ler o texto, comentar, fazer sugestões e críticas bem fundamentadas (desconfie de leitores que só fazem elogios!). E caso seja publicado, o escritor deve ser capaz receber as críticas não como ofensas pessoais, mas como uma contribuição para o desenvolvimento de sua escrita.

Bate bola:
Um lugar: aqui, neste exato momento.
Um autor: José Saramago
Um filme: A viagem de Chihiro
Um livro: A Jangada de Pedra, de Saramago
Um musica: The Killing Moon, de Echo and the Bunnymen
Uma frase: “Compaixão e amor não são luxos desnecessários. Como fontes tanto da paz interna quanto da externa, são fundamentais para a sobrevivência de nossa espécie.” (Tenzin Gyatso, 14o. Dalai Lama)
Uma pessoa? o Dalai Lama

Martha, mais uma vez obrigada, por nos ceder esta entrevista para o world of books!
Eu é que agradeço muito esta oportunidade de divulgar um pouco de meu trabalho entre os leitores deste blog. E aproveito para dar-lhes os parabéns pelo empenho em divulgar a literatura e a deliciosa atividade da leitura!

Site da Martha: http://www.marthaargel.com.br/index.htm

Blog da Martha: http://vampirapaulistana.blogspot.com/

Gente a Martha é uma fofa, adorei fazer a primeira entrevista com ela *-*, em breve terá mais :)


Beijos
                         Camila Soares

7 comentários:

  1. Bem legal a entrevista!
    Adoro a Martha!
    Bj

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  2. A Martha é flor mesmo!!!
    *_*
    Adorei as dicas para os aspirantes as escritores!
    bjs

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  3. é a sua primeira entrevista né?
    Parabéns!

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  4. é a primeira; ah obrigadoo *-*

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  5. Humm eu ouvi falar muito bem do livro dela tbm!!!
    Vampiros estão em alta neah!!!
    hhhehe

    bj

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  6. é verdade, mas o bom que o dela, foi lançado bem antes dessa modinha de vampiros(deixando bem claro que amo essa modinha)
    disseram que é otimo esse livro, quero muito ler:)

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